de agir mais com o coração, me deixar levar.
Mas com o tempo as coisas me aconteceram, o sonho deu lugar à realidade e a inocência deixou de ser parte tão grande de mim.
Me acustumei a pensar antes de falar, a refletir antes de agir, a ser fria quando necessário, a fingir nem sequer me importar.
É, acredite, a gente se acustuma à tudo.
Quando a gente para de ser ator de tantas histórias e passa a ser um coadjuvante distante, percebe que observar calado é melhor do que participar falando asneiras.
Não tenho a mínima pretensão de sair por aí julgando as atitudes alheias, mas sinceramente não sirvo pro papel daqueles que falam demais. Observar é a minha praia.Ficar quieto, num canto distante, vendo e deixando a vida ensinar, esse sim é o meu lugar.
Também ando preferindo cuidar da minha vida sabe... Meus problemas são poucos, mas suficientes pra me manter ocupada.
Desculpa aí sociedade, desaprendi a perder meu tempo com os problemas dos outros. Se não for ajudar, não atrapalhe, é o que ouço desde pequena.
Se as pessoas ainda não se acustumaram com isso, paciência, a gente não nasce pra agradar todo mundo não é mesmo?
Então, continuo observando, aprendendo e guardando o que não precisa ser repassado apenas pra mim, afinal pra que encher os ouvidos dos outros com coisas que não precisam ser ditas, coisas que não lhes acrescentarão nada?
Melhor ficar calada, não?
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