quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Verbos no passado!

Ouvia, ajudava, consolava, me importava.
Verbos no passado!
A efemeridade da vida e dos atos estão escancarados nesses verbos conjugados no pretérito perfeito. O passado concluído, a certeza de hoje do fim das atitudes de ontem.
Faz tão pouco tempo que eu me desiludi, desacreditei das pessoas e percebi que quanto mais fazia menos os satisfazia.  
Sempre ajudava espontaneamente e digo aqui sem querer me expor com a certeza de que minha intenção não é a de me vangloriar ou me arrepender pelas inúmeras vezes que estendi as mãos, cedi meu colo, ajudei com palavras e atos, muito pelo contrário, falo aqui porque sei que deixo a marca desses momentos da forma mais sincera e menos despretenciosa possível. Sem julgamentos, sem cobranças.
Entendo hoje que quanto menos me envolver melhor, quanto mais eu me cuidar menos tempo terei para caminhadas inúteis, que as pessoas não se importam se você dá, mas se você recebe pode ter a certeza de que todo mundo nota. Nas andanças que vivenciei percebi o quanto egoísta pode ser o ser humano e que ser de certa forma altruísta traz muito mais sofrimento que satisfação.
Decidi então dar o primeiro passo de mais uma das longas caminhadas ao lado apenas daqueles que assim como eu decidiram deixar de lado a vida dos outros e cuidar da própria felicidade.



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