quinta-feira, 7 de julho de 2011

Então

 Não dá pra definir alguém que vai ser julgado pelo que aparenta ser, nem tentar explicar coisas que quase ninguém está interessado em ouvir.
 Eu não posso dizer como sou, do que gosto, o que quero, quais são meus sonhos,meus objetivos, minhas vontades, se quem está ouvindo não ouve realmente.
 Por mais que eu tente não sei falar de mim mesma, me sinto presa à questões que nem sei se realmente importam.
 Prefiro não mostrar o que vejo toda vez que olho no espelho. Talvez por saber que não adianta,afinal cada um me vê de uma forma diferente, isso é fato.
 Nunca soube como me comportar diante de tantos rostos diferentes, tantos olhares na multidão que provavelmente sequer me notavam, mas que eu insistia em achar que estavam a me observar.
 Acho que por isso essa mania de me manter distante, longe, num canto escondida, apenas observando, vendo como as pessoas agem, entendendo como é que a vida é, tentando descobrir o porque das coisas, das pessoas.
 Observar é a minha praia, não sei ser atriz principal, me acostumei a sempre ser uma coadjuvante distante, talvez não tão distante assim, mas...
 Apenas observadora de histórias, contadora de causos, mestre em guardar lembranças, reviver memórias.
 Não sei fingir ser quem eu não sou, por isso quando me dizem que sou de tal forma, se aquilo nada tem a ver comigo digo logo, sem rodeios, não gosto de mentiras aliás, e acho que mal entendidos acontecem a todo instante,mas que devem ser resolvidos logo.
 Então, acho que falei mais do que deveria, defini mais do que gostaria, disse coisas que muita gente não ouviria, mas enfim. Então né...

Nenhum comentário: